O Museu de Arte de Jining, projetado pelo arquiteto japonês Ryue Nishizawa na província chinesa de Shandong, combina arquitetura e paisagem em três estruturas unificadas por uma linguagem arquitetônica singular. Imagens do fotógrafo Paulo dos Sousa mostram como o museu se relaciona com o lago e a vegetação adjacentes, ao mesmo tempo que destacam como o a cobertura de forma orgânica cria uma série de espaços intermediários que expandem as atividades do museu em direção à paisagem.
Localizado nos arredores de Jining, o projeto é composto por um museu, um café e uma pérgola e faz parte de um amplo empreendimento para um novo polo cultural. O edifício do museu consiste em uma série de volumes de um pavimento conectados entre si por uma grande cobertura de forma orgânica, cujo desenho cria uma série de zonas externas cobertas que ampliam a área útil para os programas do museu.
Os espaços expositivos dispostos de forma independente em torno de vários pátios são interligados por corredores de vidro que servem não apenas como conexão, mas como espaços polivalentes que abrigam um café, um lounge e uma livraria. O uso extensivo de vidro estabelece uma relação consistente entre os espaços de exposição e a paisagem, ao passo que os tijolos azuis de origem local revelam o lastro na tradição chinesa da região.
As outras duas estruturas ecoam a linguagem da cobertura orgânica. A pérgola assume a forma de um dossel fluido e fino que faz lembrar o Seperntine Pavilion do SANAA de 2009, circundando as árvores que já existiam no local. A instalação cultural foi inaugurada em 2019 e é o primeiro museu projetado pelo arquiteto Ryue Nishizawa na China.